A história oral dá conta de que três filhos de Ferdinando Fiori e Francisca Giannasi, partiram da pequena vila de Monterotondo, passando por Castelnuovo de Garfagnana e desceram o vale do Rio Sercchio, na Toscana. O destino: um navio que partisse de Gênova em direção à América. Os registros não foram localizados, mas especula-se que seja logo no início da chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Brasil, entre 1875-80. Seriam eles Giovanni (1854), Giovacchino (1857) e Domenico (1864). Os irmãos Agostino (1859) e Paolo Angelo (1861) permaneceram em Monterotondo. Giovanni teria ficado em São Paulo, enquanto Giovacchino e Domenico acreditaram numa vida melhor no Rio Grande do Sul. Um lugar onde o clima e a geografia são semelhantes ao vale do Rio Sercchio. Foi a última vez que viram Giovanni, não há informações posteriores dele.
Giovacchino Fiori
Os registros do nome de Giovacchino foram traduzidos para Joaquim. Em Santa Isabel (Garibaldi) ou Conde d'Eu (Bento Gonçalves), cidades próximas, conheceu Antonia Zilio, filha de Giovanni Zilio e Giovanna Borsato, família oriunda de Padova, na região do Veneto. Casaram-se por volta de 1885 e mudaram-se para Alfredo Chaves (Veranópolis), em 1888. Aproveitando o movimento dos tropeiros e o crescimento da região, abriram uma casa de comércio na avenida central do vilarejo, então conhecido como Pinheiro Seco. Com a família crescendo (12 filhos) e os negócios prosperando, em 1913 inauguraram a Casa Fiori. Giovacchino faleceu de um ataque cardíaco durante um jogo de bocha, em 1926. Ele recebeu uma homenagem póstuma, um Diploma di Benemerenza (Diploma de Mérito), da Câmara de Comércio, Indústria, Artesanato, Agricultura de Lucca.
Domenico Fiori
Domenico fixou residência em Alfredo Chaves (Veranópolis), na Linha Figueira de Melo. Ele casou-se com Lucia Gonzatti, em 1884, e teve quatro filhos: Fernando, Maria, Francisca, Joaquim e Frederico Ferdinando. É possível notar homenagens nos nomes à mãe, pai e irmão. Dedicou-se ao comércio e fundou a Societá Stella di Itália, também conhecida como Consiglio di Principe di Napoli, em Conde d'Eu (Bento Gonçalves). Foi Conselheiro da Confederazione Italiana, entre 1891 e 1894, em Alfredo Chaves (Veranópolis). Nota-se que essas sociedades têm relação com a Maçonaria (organizações fraternais). Domenico teve uma segunda esposa, Maria Giovanna Canal, em 1900. Com ela teve três filhos: Manoel, Luigi e Bibiana.
Hoje é possível conhecer a história da família em um memorial organizado junto a Casa Fiori, construída em 1913 por Giovacchino Fiori. O local tornou-se uma famosa casa de pão caseiro e café colonial, que recebe turistas de todo o país. Localizada na cidade de Vila Flores, há 170 km de Porto Alegre, segue sendo residência de seus descendentes. Para mais informações, acesse esse link do perfil no Instagram https://www.instagram.com/casafiori1913
A Serra é a região do Rio Grande do Sul mais procurada pelos turistas de todo o país. A popularidade se justifica pelo belos atrativos naturais, história e estrutura dos destinos. É possível visitar diversos pontos históricos e culturais que resgatam a imigração italiana, com destaque para as cidades de Veranópolis (águas termais), Bento Gonçalves (vinícolas do Vale dos Vinhedos), Garibaldi (produção de espumante), Carlos Barbosa (produção de queijos), Antonio Prado (arquitetura de casas coloniais em madeira), Caxias do Sul (capital comercial e industrial da região) entre outras cidades próximas, como as já famosas Gramado, Canela e Nova Petrópolis.
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